Filme de ficção científica e ação lançado em 2008, dirigido por Doug Liman e baseado no romance homônimo de Steven Gould. A história segue David Rice, interpretado por Hayden Christensen, um jovem que descobre ser capaz de se teletransportar, ou “pular”, para qualquer lugar do mundo. Após fugir de um pai abusivo, David usa seus poderes para levar uma vida luxuosa, roubando bancos. No entanto, ele é perseguido pelos Paladinos, uma sociedade secreta liderada por Roland (Samuel L. Jackson), que vê os “Jumpers” como ameaças à humanidade.
O enredo se desenvolve quando David reencontra Millie (Rachel Bilson), seu amor de infância, e a leva para Roma. Lá, ele é atacado pelos Paladinos e salvo por Griffin (Jamie Bell), outro Jumper que caça os membros da organização. David descobre que sua mãe, Mary (Diane Lane), é uma alta-ranking dos Paladinos, mas ela o ajuda a escapar. Com Griffin, David planeja eliminar Roland para proteger Millie, mas os Paladinos a sequestram, levando a um confronto final cheio de reviravoltas.
A produção do filme foi marcada por desafios, incluindo mudanças no elenco e no roteiro. Originalmente, Tom Sturridge foi escalado para o papel principal, mas Hayden Christensen assumiu o cargo pouco antes das filmagens. As gravações ocorreram em 20 cidades e 14 países, incluindo locações icônicas como o Coliseu em Roma, onde a equipe enfrentou restrições rigorosas. Durante as filmagens, um acidente fatal envolvendo um membro da equipe trouxe tristeza ao set.
Os efeitos visuais foram um dos destaques do filme, com a Weta Digital liderando a criação das cenas de teletransporte. Cada “pulo” foi cuidadosamente elaborado para refletir a distância e o destino, utilizando softwares avançados. Apesar do esforço técnico, o filme recebeu críticas mistas, sendo elogiado por suas sequências de ação, mas criticado pela trama apressada e pelo desfecho anticlimático.
O lançamento ocorreu em 14 de fevereiro de 2008, e o filme arrecadou US$ 225 milhões mundialmente. Críticos destacaram a falta de desenvolvimento dos personagens e a narrativa confusa, resultando em avaliações negativas em sites como Rotten Tomatoes e Metacritic. No entanto, parte do público apreciou o ritmo acelerado e as cenas de ação, refletido na nota “B” do CinemaScore.
Apesar das críticas, “Jumper” teve momentos memoráveis, como a batalha entre David e Griffin em um campo de batalha no Chechênia e o confronto final no Grand Canyon. O filme deixou espaço para uma possível franquia, embora sequências nunca tenham sido realizadas. A adaptação divergiu significativamente do livro original, mas Steven Gould, o autor, apoiou as mudanças feitas para o cinema.
Em resumo, “Jumper” é um filme que mistura ficção científica e ação, com conceitos interessantes e efeitos visuais impressionantes, mas peca em desenvolvimento narrativo e profundidade emocional. Apesar das falhas, permanece como uma obra divertida para fãs do gênero, deixando um legado de possibilidades não exploradas em futuras continuações.