Série animada criada por Genndy Tartakovsky para o Cartoon Network, estreando em 1996. A série acompanha Dexter, um menino gênio que esconde um laboratório secreto em seu quarto, onde desenvolve invenções científicas. Sua vida é complicada pela irmã mais velha, Dee Dee, que adora invadir seu laboratório e causar acidentes, e pelo rival Mandark, que tenta superá-lo com planos malignos. A série também inclui segmentos como Dial M for Monkey e The Justice Friends, que expandem seu universo.
Dexter é um cientista precoce, metódico e falante, com um sotaque peculiar que mistura influências europeias. Sua personalidade contrasta com a de Dee Dee, uma bailarina despreocupada e artística, que, apesar de parecer desastrada, muitas vezes surpreende com sua intuição. Mandark, seu antagonista, evolui de um rival irritante para um vilão mais sombrio nas temporadas posteriores. A dinâmica entre os personagens é inspirada na relação real entre Tartakovsky e seu irmão mais velho.
A série foi desenvolvida a partir de um curta estudantil de Tartakovsky, Changes, exibido no programa What a Cartoon! da Hanna-Barbera. O sucesso do piloto levou à produção de duas temporadas iniciais (1996–1998), seguidas por um hiato e um filme para TV, Ego Trip (1999), que encerrou a fase original. Em 2001, a série foi renovada para mais duas temporadas, agora produzidas por uma nova equipe no Cartoon Network Studios, com mudanças no elenco de dublagem e no estilo de animação.
Tartakovsky se inspirou em suas experiências como imigrante nos EUA, criando Dexter como um personagem que tenta se encaixar enquanto mantém sua identidade única. A série também bebeu de influências como os desenhos da Hanna-Barbera, animes japoneses e filmes de Sam Raimi, como Army of Darkness. O visual simplificado, com traços icônicos e cores vibrantes, facilitou a animação e se tornou uma marca registrada do estilo de Tartakovsky.
O Laboratório de Dexter foi um marco para o Cartoon Network, sendo a primeira série original da linha Cartoon Cartoons. Ela lançou as carreiras de animadores como Craig McCracken (criador de As Meninas Superpoderosas) e Seth MacFarlane (de Family Guy). A série recebeu três prêmios Annie e várias indicações ao Emmy, além de gerar produtos licenciados, como jogos e quadrinhos.
Apesar do sucesso, Tartakovsky deixou a série após Ego Trip para focar em Samurai Jack. As temporadas revividas (2001–2003), sem sua liderança direta, introduziram mudanças estilísticas e novas vozes, como a de Candi Milo substituindo Christine Cavanaugh como Dexter. Em 2023, Tartakovsky descartou um reboot, citando a morte de Cavanaugh e a saturação de relançamentos.
Com seu humor ágil, personagens carismáticos e referências à cultura pop, O Laboratório de Dexter permanece como um clássico da animação dos anos 1990. Sua mistura de ciência, comédia e conflitos familiares cativou crianças e adultos, consolidando Tartakovsky como um dos grandes nomes da animação moderna. A série continua a influenciar novas gerações de criadores e fãs.