Lançado em 2002 é um filme de aventura histórica dirigido por Kevin Reynolds, baseado no clássico romance de Alexandre Dumas. A trama segue Edmond Dantès (Jim Caviezel), um jovem marinheiro francês traído por seu suposto amigo Fernand Mondego (Guy Pearce) e outros conspiradores, que o levam a ser injustamente preso no temido Château d’If. Anos depois, ele escapa, encontra um tesouro escondido e assume a identidade do misterioso Conde de Monte Cristo para se vingar daqueles que arruinaram sua vida.
O filme começa em 1815, quando Edmond, um homem honesto e promissor, é incumbido de entregar uma carta de Napoleão Bonaparte, em exílio na ilha de Elba. Fernand, movido por inveja e desejo pela noiva de Edmond, Mercédès, conspira com o primeiro-mate Danglars e o magistrado Villefort para incriminá-lo por traição. Preso sem julgamento, Edmond passa anos na prisão até conhecer o padre Faria (Richard Harris), que lhe revela a localização de um tesouro e o educa em diversas áreas antes de morrer.
Após uma fuga dramática, Edmond encontra o tesouro na ilha de Montecristo e, com a ajuda do leal Jacopo (Luis Guzmán), planeja sua vingança. Ele se infiltra na alta sociedade parisiense como o Conde, um homem rico e enigmático. Sua estratégia envolve manipular psicologicamente seus inimigos: arruína financeiramente Danglars, expõe os crimes de Villefort e humilha Fernand, revelando que Albert (Henry Cavill), o filho deste, é na verdade seu próprio filho com Mercédès.
O clímax ocorre quando Edmond confronta Fernand em um duelo mortal, após revelar sua verdadeira identidade. Embora a vingança pareça completa, Edmond é confrontado por Albert, que desconhece sua paternidade. Mercédès intervém, explicando a verdade, e Fernand, derrotado e sem escapatória, morre nas mãos de Edmond. No final, Edmond renuncia à destruição total, optando por perdoar parcialmente e recomeçar uma vida com sua família redescoberta.
As filmagens ocorreram principalmente em Malta, com locações como Valletta representando Marselha e a Torre de Santa Maria em Comino servindo como o Château d’If. A produção utilizou navios históricos e cenários grandiosos para recriar o período pós-napoleônico, incluindo mansões irlandesas como Powerscourt Estate para as cenas da alta sociedade parisiense.
O filme foi bem recebido pela crítica, com elogios à sua abordagem clássica e ao desempenho do elenco. Roger Ebert destacou sua estrutura tradicional e o ritmo envolvente, enquanto o público aprovou a mistura de aventura, drama e reviravoltas. Apesar de simplificar elementos do livro, a adaptação manteve o cerne da história: uma jornada épica de injustiça, redenção e a complexidade moral da vingança.
O Conde de Monte Cristo permanece como uma adaptação cativante do romance de Dumas, equilibrando ação, intriga e emoção. A transformação de Edmond de vítima ingênua a mestre da manipulação é conduzida com maestria por Caviezel, enquanto Pearce brilha como o vilão arrogante. Com um final que ressalta a importância da família sobre a vingança, o filme oferece tanto entretenimento quanto reflexão sobre justiça e perdão.
FONTE: en.wikipedia.org/wiki/The_Count_of_Monte_Cristo_(2002_film)