Jogo de ação e aventura lançado em 1991 para o Super Nintendo, desenvolvido e publicado pela Nintendo. Como o terceiro título da série The Legend of Zelda, o jogo se passa antes dos eventos dos dois primeiros jogos e segue Link em sua missão para salvar Hyrule, derrotar o rei demônio Ganon e resgatar os descendentes dos Sete Sábios. O jogo reintroduziu a perspectiva top-down do primeiro título, abandonando o estilo side-scrolling de Zelda II: The Adventure of Link, e trouxe inovações como mundos paralelos e itens icônicos, como a Master Sword.
A jogabilidade combina exploração do mundo aberto de Hyrule com a resolução de masmorras repletas de quebra-cabeças e chefes. Link pode se mover em oito direções e utiliza uma variedade de armas e itens, como espadas, escudos e arcos, muitos dos quais são essenciais para progredir. O jogo também introduz o sistema de Heart Pieces, que aumentam a vida do personagem quando coletados. Um dos destaques é a mecânica de dois mundos interconectados: o Light World (Mundo da Luz) e o Dark World (Mundo das Trevas), que exigem que o jogador alterne entre eles para avançar na história.
A narrativa começa com Link recebendo uma mensagem telepática da princesa Zelda, pedindo ajuda após ser capturada pelo feiticeiro Agahnim, que planeja libertar Ganon do Dark World. Após resgatar Zelda, Link parte em uma jornada para coletar três pingentes e obter a Master Sword, a única arma capaz de derrotar Agahnim e Ganon. A trama se desenrola em uma batalha épica, culminando na derrota de Ganon e na restauração da paz em Hyrule, com um final que revive personagens importantes e devolve os habitantes do Dark World ao seu lar.
O desenvolvimento do jogo começou para o NES, mas foi transferido para o Super Nintendo, aproveitando os recursos técnicos do console. Com um orçamento generoso e tempo de produção amplo, a equipe criou um mundo vasto usando 8 Mbit de armazenamento, o dobro do comum na época. Shigeru Miyamoto, produtor do jogo, inicialmente imaginou um sistema de party, mas a ideia foi descartada. A trilha sonora, composta por Koji Kondo, consolidou temas icônicos da série, como Zelda’s Lullaby e Kakariko Village, que se tornaram recorrentes em jogos futuros.
A localização para o inglês trouxe mudanças, como a remoção de referências religiosas presentes na versão japonesa, incluindo a alteração do subtítulo de Triforce of the Gods para A Link to the Past. O jogo também esconde um easter egg conhecido como Chris Houlihan Room, uma sala secreta criada como medida anti-crash e em homenagem ao vencedor de um concurso da Nintendo Power. Apesar de ter passado despercebido por anos, o segredo foi descoberto com o avanço dos emuladores.
O jogo foi relançado em várias plataformas, incluindo Game Boy Advance, Wii, Wii U, Nintendo 3DS e Nintendo Switch, vendendo mais de 6,5 milhões de cópias. Sua influência é tão grande que inspirou A Link Between Worlds, sequência lançada para o Nintendo 3DS em 2013.
A Link to the Past é amplamente considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, elogiado por sua jogabilidade inovadora, narrativa envolvente e design de mundo. Sua legenda perdura não apenas como um marco da era 16-bit, mas como um título que definiu padrões para a série The Legend of Zelda e os jogos de aventura em geral.
FONTE: en.wikipedia.org/wiki/The_Legend_of_Zelda%3A_A_Link_to_the_Past