Torre de Babel: entre a História e o Mito

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A história bíblica da Torre de Babel relata que, após o dilúvio, os humanos, que falavam uma única língua, decidiram construir uma torre que chegasse ao céu. Deus, desaprovando a arrogância humana, confundiu suas línguas e os dispersou pela Terra. Apesar de ser uma narrativa curta, ela carrega profundas nuances históricas e teológicas que merecem contextualização.

O texto bíblico descreve a torre como construída com tijolos e betume, materiais típicos da Mesopotâmia. Evidências arqueológicas sugerem que a Torre de Babel era uma referência aos zigurates, pirâmides escalonadas que serviam como templos. Essas estruturas simbolizavam a conexão entre o céu e a terra, algo reforçado por inscrições antigas que descreviam zigurates como “elos entre o céu e a terra”.

A descrição da torre como algo que “chega ao céu” não deve ser interpretada literalmente, mas simbolicamente. Representava a tentativa humana de superar seus limites e alcançar o divino, um tema recorrente em mitos mesopotâmicos, como na Epopeia de Gilgamesh, onde a busca pela imortalidade é frustrada por ser um atributo exclusivo dos deuses.

A narrativa bíblica associa a torre à cidade de Babel (Babilônia), apresentada como uma das primeiras cidades do mundo. Enquanto os babilônios viam sua cidade como um portão para os deuses, os autores bíblicos a retratavam como um símbolo de arrogância e desobediência. O nome “Babel” é interpretado como “confusão”, em contraste com a visão babilônica de “portão dos deuses”.

A história da Torre de Babel sugere que todas as línguas surgiram de uma única língua original, frequentemente associada ao hebraico por interpretações antigas. No entanto, a linguística histórica demonstra que as línguas evoluíram gradualmente, com ramificações a partir de ancestrais comuns, como o latim ou o protogermânico, descartando a ideia de uma origem abrupta e única.

A narrativa serve como uma crítica à Babilônia, inimiga histórica de Israel, e à ambição humana de desafiar a ordem divina. Grandes cidades, como Babilônia e Sodoma, são frequentemente retratadas na Bíblia como centros de corrupção e arrogância, refletindo uma desconfiança em relação ao urbanismo e ao poder concentrado.

Embora a história da Torre de Babel não possa ser comprovada historicamente, ela possui um valor literário e teológico significativo. Oferece insights sobre o pensamento do antigo Oriente e continua a inspirar reflexões sobre a relação entre humanos e divindade, além de servir como base para tradições religiosas e culturais até os dias atuais.

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