Programa de humor comandado pelo humorista Chico Anysio, produzido e exibido pela TV Globo de 10 de março a 4 de dezembro de 1981. Era exibido uma vez por mês, dentro da faixa de programação de nome Sexta Super. O programa voltou ao ar no ano entre 6 de abril a 14 de dezembro de 1996, seguindo o formato comum dos programas de Chico Anysio, com a platéia presente no saudoso Teatro Fênix, esquetes humorísticos, agora com redação final de seu filho Bruno Mazzeo. Era exibido nas noites de sábado, tendo saído do ar ainda naquele ano, devido não só à baixa audiência mas também por um acidente doméstico em que Chico fraturou a mandíbula, impossibilitando-o de atuar por um período – Chico Anysio só voltaria ao ar em 1999, com O Belo e as Feras.
Programa mensal em que Chico Anysio revisitava 33 tipos de suas criações,além de contar histórias e apresentar números musicais.
Nesse programa mensal, Chico Anysio contava histórias, apresentava números musicais e interpretava vários dos seus personagens em cenários ilustrados pelo cartunista Lan. Nas nove edições do ‘Chico Total’, Chico Anysio revisitou 33 tipos da sua extensa lista de criações e apresentou um novo personagem: o retirante nordestino Amarelo, cuja capacidade de sobreviver às maiores provações impressionava até super-heróis.
A cada programa, Chico Anysio dedicava um bloco a um único personagem, contando sua história com mais detalhes, enquanto os outros apareciam em quadros curtos. O humorístico contou com participações especiais de atores como Marília Pêra, Lady Francisco, Marieta Severo, Dina Sfat, Zezé Macedo, Wilza Carla, Milton Moraes, Kate Lyra e Stepan Nercessian, entre outros.
Em setembro de 1981, ‘Chico Total’ passou a ser exibido na faixa de programação noturna Sexta Super.
Personagens
Entre os tipos que faziam parte de ‘Chico Total’, estavam, entre outros, o malandro Azambuja, sempre tentando aplicar o conto do vigário em alguém; o Professor Raimundo; o garçom fanho Quem-Quem; o locutor de voz empostada Roberval Taylor; um falso paranormal, o picareta Divino; os jogadores de futebol Coalhada e Meinha; o detetive apaixonado por romances policiais Zé da Silva; Salomé, a senhora de Passo Fundo que ligava para as autoridades políticas; o Coronel Pantaleão, que contava lorotas e repetia o bordão “É mentira, Terta?”; o eterno marido enganado Santelmo, que tecia elogios rasgados à mulher, Dadivosa, sem se dar conta de suas traições: “Tem que ser que nem eu sou: durão!”.
Merece destaque Bozó, um dos personagens mais populares de Chico Anysio. Ele era um funcionário da Globo que insinuava ser influente com a diretoria da emissora. Dentuço, gago e pernóstico, tentava impressionar mulheres bonitas mostrando uma caneta com o logo da empresa e o bordão: “Eu sou da-da-da Glo-Globo”. O humorista conta que o criou depois de ver um homem entrar de graça no Maracanã usando o crachá da Globo.
Curiosidades
No primeiro ‘Chico Total’ que foi ao ar, Chico Anysio se deparava com Popó, o velhinho ranzinza que ele criara para Chico City. O personagem, porém, aparecia na pele de ninguém menos do que Jô Soares. Em outro programa, o dirigente de futebol Márcio Braga, na época presidente do Flamengo, e o ex-jogador e técnico de futebol Paulo César Carpegianni participaram de uma mesa-redonda em que o craque Coalhada contava o dia a dia de sua carreira. A última edição do programa teve cenas gravadas em diversos pontos de Nova York e trechos de uma apresentação de Chico Anysio no Carnegie Hall.
FONTE:
memoriaglobo.globo.com/entretenimento/humor/chico-total/noticia/chico-total.ghtml
pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Total