O Chromium é um projeto de navegador web de código aberto desenvolvido principalmente pelo Google, servindo como base para diversos navegadores, incluindo o Google Chrome, Microsoft Edge e Opera. Lançado em 2008, seu código é compartilhado sob licenças como BSD, MIT e LGPL, permitindo que terceiros o utilizem e distribuam livremente. Apesar de ser a base do Chrome, o Chromium possui diferenças significativas, como a ausência de atualizações automáticas, mecanismos de rastreamento e suporte a alguns codecs proprietários, como H.264 e AAC.
Uma das principais características do Chromium é sua arquitetura multi-processo, que melhora a segurança e o desempenho ao isolar cada aba em um processo separado. Originalmente baseado no motor WebKit, o projeto divergiu e, em 2013, passou a usar o Blink, um fork desenvolvido pelo Google. A maior parte do código é escrita em C++, enquanto a interface do usuário (WebUI) utiliza HTML, CSS e JavaScript. Além disso, o projeto integra bibliotecas de terceiros, como SQLite, e recentemente começou a adotar Rust para partes do sistema.
O desenvolvimento do Chromium é liderado pelo Google, mas conta com contribuições de empresas como Microsoft, Samsung e Opera. O projeto segue um ciclo de lançamentos sincronizado com o Chrome, com versões numeradas no formato major.minor.build.patch. O sistema de integração contínua garante que o código seja compilado e testado diariamente, enquanto um rastreador de bugs público permite a participação da comunidade.
Desde seu lançamento, o Chromium passou por várias mudanças significativas. As primeiras versões introduziram otimizações de desempenho, suporte a PDF integrado e aceleração por hardware. Em 2011, o projeto considerou eliminar a barra de URLs para liberar espaço na tela, mas a ideia foi abandonada por ser considerada arriscada. Outras melhorias incluíram suporte a perfis múltiplos, detecção de malware e integração com serviços em nuvem, como a impressão remota.
A partir de 2013, o Chromium adotou o motor Blink e introduziu recursos como isolamento de processos por site, bloqueio de arquivos maliciosos e indicadores de uso de áudio e câmera em abas. Em 2021, o projeto deixou de suportar a sincronização de contas do Google, e versões mais recentes exigem processadores com instruções SSE3 ou superiores, além de só serem compatíveis com Windows 10 ou posterior.
Além do Chrome, o Chromium é a base para navegadores como Brave, Vivaldi e Opera. Enquanto muitos deles são proprietários, o Chromium em si permanece como software livre, sendo amplamente utilizado em distribuições Linux e BSD. Sua influência no mercado de navegadores é enorme, graças à sua arquitetura robusta e ao ecossistema de extensões e APIs.
Em resumo, o Chromium é um projeto fundamental para a web moderna, combinando inovação técnica com a filosofia de código aberto. Sua evolução contínua reflete as necessidades dos usuários e as tendências tecnológicas, mantendo-se relevante em um mercado altamente competitivo. Apesar das diferenças em relação ao Chrome, o Chromium continua a ser uma opção popular para desenvolvedores e entusiastas de software livre.