Filme de ficção científica estadunidense lançado em 2002, baseado livremente no romance homônimo de H. G. Wells (1895) e no roteiro da adaptação cinematográfica de 1960. Dirigido por Simon Wells, bisneto do autor original, o filme traz Guy Pearce no papel do inventor Alexander Hartdegen, que constrói uma máquina do tempo para salvar sua namorada, Emma, após ela ser assassinada. A trama se passa em Nova York e introduz novos elementos, como um holograma inteligente e um líder Morlock, divergindo das versões anteriores.
A história começa em 1899, quando Alexander, um professor da Universidade Columbia, testemunha a morte de Emma e dedica anos à construção da máquina. Ao viajar para o passado, ele descobre que ela morre de outra forma, levando-o a concluir que seu destino é imutável. Em busca de respostas, Alexander avança para o ano de 2037, onde a Lua foi destruída por colonizadores, tornando a Terra inóspita. Acidentalmente, ele viaja 800 mil anos para o futuro, encontrando uma humanidade dividida entre os pacíficos Eloi e os selvagens Morlocks.
Nesse futuro distante, Alexander conhece Mara, uma Eloi que o ajuda a entender o novo mundo. Ele descobre que os Morlocks, criaturas subterrâneas, caçam os Eloi para alimentação e reprodução. Ao ser capturado, Alexander encontra o líder dos Morlocks, que explica a impossibilidade de mudar o passado devido ao paradoxo temporal. Determinado a salvar Mara, Alexander usa a máquina para destruir os Morlocks e inicia uma nova vida com os Eloi, aceitando finalmente a perda de Emma.
O filme foi uma coprodução entre DreamWorks e Warner Bros., com Simon Wells assumindo a direção após a saída de outros cineastas. A produção enfrentou desafios, como a substituição de Wells nos últimos dias de filmagem devido a exaustão, e ajustes pós-11 de Setembro, incluindo a remoção de cenas que lembravam os ataques. Os efeitos especiais, criados por Stan Winston Studio e Industrial Light & Magic, combinaram animatrônicos e CGI para dar vida aos Morlocks e às cenas de viagem no tempo.
A trilha sonora, composta por Klaus Badelt, inclui a faixa “I Don’t Belong Here”, posteriormente usada em documentários. Apesar do reconhecimento na categoria de Melhor Maquiagem no Oscar, o filme recebeu críticas negativas e arrecadou US$ 123 milhões mundialmente.
A Máquina do Tempo explora temas como destino, paradoxos temporais e a evolução humana, misturando ação e romance em uma narrativa visualmente impressionante. Embora não tenha sido um sucesso crítico, sua abordagem única e efeitos inovadores o tornam uma adaptação memorável da obra de H. G. Wells.