Filme brasileiro de comédia e aventura infantil lançado em 1984, dirigido por Victor Lustosa e Dedé Santana. Estrelado pelo grupo Os Trapalhões, o longa é uma paródia do musical americano “The Wiz” (1978), que, por sua vez, se inspira no clássico “O Mágico de Oz”. Produzido pela Renato Aragão Produções em parceria com a DeMuZa Produções, o filme marcou o retorno do grupo ao cinema após um breve período de separação.
A história acompanha Didi, um sertanejo pobre que enfrenta a seca no Nordeste brasileiro. Em sua jornada, ele se une a três companheiros incomuns: um Espantalho que deseja um cérebro, um Homem-de-lata em busca de um coração e um Leão covarde que é delegado da cidade de Orós. Juntos, eles formam um grupo diversificado, auxiliados pela professora Aninha, namorada do Leão.
O enredo ganha forma quando o grupo encontra o Mágico de Oróz, que os orienta a buscar um “monstro de metal” que jorra água pela boca, capaz de resolver a seca que assola a região. No caminho, enfrentam o vilão Coronel Ferreira, que monopoliza a água dos açudes locais. Com a ajuda do Mágico, eles derrotam o Coronel e partem para o Rio de Janeiro em busca do tal monstro, que na verdade é uma torneira gigante.
Ao retornarem a Oróz com a torneira, a população celebra, mas logo descobre que ela não funciona sem estar conectada a um encanamento. Revoltados, os moradores condenam o grupo à morte. Em um momento de desespero, Didi convoca todos a terem fé, recitando a frase: “Vamos todos pensar firme, vamos todos pensar forte, pra cair um pingo d’água e mudar a nossa sorte”. Miraculosamente, a chuva começa a cair, a torneira passa a jorrar água, e a cidade é salva.
O filme termina com os três companheiros de Didi realizando seus sonhos: o Espantalho ganha um cérebro, o Homem-de-lata recebe um coração e o Leão supera sua covardia. Uma mensagem final, escrita pelos Trapalhões, é direcionada aos governantes brasileiros, destacando a importância da esperança e da união.
A recepção da crítica foi positiva, com Rodrigo de Oliveira, do Papo de Cinema, elogiando o filme como um dos melhores momentos da trupe no cinema. A produção foi vista como um renascimento criativo após a breve separação do grupo, combinando humor, musical e uma narrativa envolvente que ressoou com o público infantil e adulto.
Com sua mistura de fantasia, crítica social e o humor característico dos Trapalhões, “O Mágico de Oróz” permanece como um marco na filmografia do grupo. O filme não apenas entreteve, mas também transmitiu uma mensagem de esperança e perseverança, tornando-se um clássico do cinema popular brasileiro dos anos 1980.
FONTE: pt.wikipedia.org/wiki/Os_Trapalh%C3%B5es_e_o_M%C3%A1gico_de_Or%C3%B3z