Editor de imagens raster gratuito e de código aberto, amplamente utilizado para retoque fotográfico, edição de imagens, desenho livre e conversão entre formatos de arquivo. Compatível com Windows, Linux e macOS, o GIMP é licenciado sob a GNU General Public License (GPL 3.0) e mantido por uma comunidade de voluntários. Além disso, ele suporta plugins e scripts, permitindo a extensão de suas funcionalidades e a automação de tarefas, embora não seja focado principalmente em ilustração digital.
Criado em 1995 por Spencer Kimball e Peter Mattis como um projeto universitário na UC Berkeley, o GIMP teve sua primeira versão pública (0.54) lançada em 1996. O nome foi inspirado no filme Pulp Fiction (1994), e, em 1997, o software foi integrado ao projeto GNU, passando a se chamar GNU Image Manipulation Program. Inicialmente desenvolvido para Unix, o GIMP foi posteriormente adaptado para Windows (1997) e macOS. Um marco importante foi a criação da GTK (GIMP ToolKit), uma biblioteca gráfica que evoluiu para além do GIMP e hoje é usada em diversos softwares.
O GIMP possui um mascote chamado Wilber, criado em 1997 por Tuomas Kuosmanen. Desenvolvido de forma colaborativa, o projeto conta com um repositório público de código, listas de discussão e canais de chat para interação entre os contribuidores. Novas funcionalidades são testadas em branches separadas antes de serem incorporadas à versão principal, garantindo estabilidade. O programa já participou do Google Summer of Code (GSoC), resultando em ferramentas como o pincel de cura e camadas vetoriais.
Entre suas principais características estão ferramentas de seleção (retangular, laço, varinha mágica), caminhos (paths) para criar curvas de Bézier e máscaras de camada para controle de transparência. O GIMP também oferece suporte a espaços de cores como RGB, HSV e CMYK (por decomposição), além de permitir a criação e aplicação de gradientes personalizados. Ferramentas avançadas incluem clonagem inteligente, healing brush (para correção tonal) e filtros de desfoque e nitidez.
Uma das inovações recentes é a integração do GEGL (Generic Graphics Library), que melhorou o processamento de cores de alta profundidade (suporte a mais de 8 bits por canal a partir da versão 2.10). A versão 3.0, lançada em 2025, introduziu filtros não destrutivos, permitindo ajustes reversíveis, e o CTX, um rasterizador para gráficos vetoriais simples. Além disso, o GIMP suporta diversos formatos de arquivo, sendo o XCF seu formato nativo, capaz de armazenar todas as informações das imagens editadas.
O GIMP é distribuído em várias plataformas, incluindo lojas como a Microsoft Store. Embora seu desenvolvimento seja descentralizado, os mantenedores organizam encontros anuais no Libre Graphics Meeting para discutir melhorias. Apesar de ser frequentemente comparado ao Photoshop, o GIMP possui uma interface diferente e é totalmente gratuito, sendo uma opção popular para usuários que buscam uma alternativa livre a softwares proprietários.
Por fim, o GIMP continua a evoluir com contribuições da comunidade, focando em performance, suporte a hardware moderno (como processadores multithread) e ferramentas avançadas de edição. Sua flexibilidade e custo zero o tornam uma escolha atraente para designers, fotógrafos e entusiastas de edição de imagens que valorizam o software livre.
FONTE: en.wikipedia.org/wiki/GIMP