O GNOME é um ambiente de desktop gratuito e de código aberto desenvolvido para sistemas operacionais Linux e Unix-like. Ele é amplamente utilizado como interface padrão em distribuições populares como Debian, Fedora, Ubuntu, Red Hat Enterprise Linux e SUSE Linux Enterprise, além de ser o padrão no Oracle Solaris. Desenvolvido pelo GNOME Project, que inclui voluntários e contribuidores pagos, com a Red Hat sendo a maior colaboradora corporativa, o projeto tem como objetivo criar frameworks para desenvolvimento de software, aplicativos para usuários finais e promover a internacionalização, localização e acessibilidade do sistema.
Um dos focos do GNOME é a produtividade, guiada pelas Diretrizes de Interface Humana (HIG), que buscam oferecer uma experiência coesa e intuitiva. Essas diretrizes incentivam os desenvolvedores a criar interfaces consistentes e usáveis, priorizando comportamentos padrão bem pensados em vez de excesso de configurações personalizáveis. Essa filosofia foi reforçada durante o desenvolvimento do GNOME 2, quando muitas opções consideradas desnecessárias foram removidas para simplificar a experiência do usuário.
A acessibilidade é outro pilar importante do GNOME, que busca tornar o ambiente utilizável por pessoas com deficiências. Ferramentas como o Accessibility Toolkit (ATK) e o leitor de tela Orca foram desenvolvidos para melhorar a interação, permitindo o uso de síntese de voz, reconhecimento de fala e métodos de entrada alternativos. Esses recursos são integrados de forma global no sistema, garantindo uma experiência inclusiva.
O GNOME Shell é a interface gráfica principal do ambiente, apresentando uma barra superior com um botão de Atividades, menu de aplicativos, relógio e indicadores de sistema. Ao clicar no botão Atividades ou pressionar a tecla Super, o usuário acessa a Visão Geral, que permite alternar entre janelas, espaços de trabalho e aplicativos. A Dash, na parte inferior, oferece atalhos para programas favoritos e em execução, enquanto a barra de pesquisa e notificações completam a experiência.
Para usuários que preferem uma interface mais tradicional, o GNOME Classic oferece um layout semelhante ao GNOME 2, com um menu de aplicativos, lista de janelas e botões para minimizar e maximizar. Já o GNOME Flashback é uma opção mais leve, baseada no GNOME Panel e no gerenciador de janelas Metacity, ideal para hardware menos potente. Ele mantém a personalização e a usabilidade do GNOME 2, incluindo applets e painéis altamente configuráveis.
O GNOME também se adapta a dispositivos móveis, como smartphones e tablets, através do GNOME Mobile. Utilizando a biblioteca Libadwaita, ele oferece componentes de interface adaptáveis para telas sensíveis ao toque, mantendo a consistência visual entre plataformas. Essa versão está disponível em sistemas como o PostmarketOS, expandindo o alcance do GNOME para além dos desktops tradicionais.
Em 2023/2024, o projeto recebeu um financiamento de 1 milhão de euros do Sovereign Tech Fund da Alemanha, reforçando seu desenvolvimento e inovação. Com uma comunidade ativa e uma filosofia centrada no usuário, o GNOME continua a ser uma das principais escolhas para ambientes de desktop em sistemas Linux e Unix-like, equilibrando modernidade, acessibilidade e desempenho.
FONTE: en.wikipedia.org/wiki/GNOME