Os Anjos Lamentadores são uma raça de alienígenas predadores fictícia da longeva série britânica de ficção científica Doctor Who. Sua característica mais distintiva é serem “bloqueados quânticos”, o que significa que são transformados em estátuas e só podem se mover quando não estão sendo observados. O método de alimentação deles é único: ao tocar uma vítima, a enviam de volta no tempo e se banqueteiam com a energia temporal liberada por essa viagem. Eles foram criados pelo roteirista Steven Moffat e fizeram sua primeira aparição no aclamado episódio de 2007, Não Pisque (Blink).
A concepção dos Anjos foi inspirada por uma variedade de fontes, incluindo uma experiência pessoal de Moffat com uma estátua em um cemitério que havia misteriosamente desaparecido quando ele voltou para vê-la. Na produção, as criaturas são interpretadas por atrizes, e o efeito de imobilidade é alcançado através do uso de congelamento de quadro. Desde sua estreia, os Anjos Lamentadores foram repetidamente eleitos como alguns dos monstros mais populares e aterrorizantes de Doctor Who, sendo muito elogiados por seu conceito inovador e fator de medo.
Sua aparição inicial em “Blink” estabeleceu suas regras básicas. Nesse episódio, os Anjos conseguem enviar o Décimo Doutor e sua companheira Martha Jones para o passado, com o plano de roubar a máquina do tempo do Doutor, a TARDIS, para se alimentarem. No entanto, o Doutor consegue enviar mensagens do passado para Sally Sparrow no presente, que segue suas pistas para derrotar as criaturas, fazendo com que elas se olhem umas às outras e fiquem permanentemente imobilizadas.
Em aparições posteriores, o leque de habilidades dos Anjos foi significativamente expandido, o que gerou algumas críticas entre os fãs. Descobriu-se que a imagem de um Anjo pode se tornar um Anjo real, que eles podem transformar outras estátuas em Anjos Lamentadores e que podem matar uma vítima tocando-a duas vezes. Eles também ganharam a capacidade de se comunicar telepaticamente e de controlar para onde no tempo uma pessoa é enviada. Sua natureza também evoluiu, de meros assassinos solitários que agiam por instinto de sobrevivência para uma organização mais coordenada com motivações maiores.
Os Anjos retornaram em arcos importantes, como no episódio de duas partes “The Time of Angels” / “Flesh and Stone”, onde o Décimo Primeiro Doutor e sua companheira Amy Pond enfrentam um exército deles em uma nave espacial acidentada. Eles também foram os principais antagonistas em “The Angels Take Manhattan”, episódio que teve consequências trágicas para os companheiros Amy e Rory Pond, que ficaram presos no passado. Sua mais recente aparição significativa foi na 13ª temporada, “Flux”, onde foram retratados como agentes working para uma organização secreta chamada “a Divisão”.
Além da série de televisão, os Anjos Lamentadores se estabeleceram na cultura popular, aparecendo em uma variedade de outras mídias. Eles são elementos centrais em jogos como Doctor Who: The Edge of Time (realidade virtual) e Doctor Who: The Lonely Assassins (mobile), além de terem sua mecânica adaptada para um jogo de tabuleiro chamado Doctor Who: Don’t Blink. Eles também fazem participações especiais em grandes franquias de videogame, como Call of Duty e The Witcher 3, e estão presentes em histórias em quadrinhos e dramas de áudio.
Em reconhecimento ao seu impacto, a famosa ferramenta de hacking computacional “Weeping Angel”, vazada como parte do Vault 7, recebeu esse nome em homenagem às criaturas. Apesar de críticas sobre a expansão de seus poderes e possível excesso de exposição, os Anjos Lamentadores permanecem como um dos vilões mais icônicos e analisados de Doctor Who, consolidando um legado de terror que transcende a tela.